Tem...


terça-feira, dezembro 31, 2002






Da relatividade das coisas na vida de cada um


Em um coro quase uníssono, ouço as pessoas reclamando de 2002 e nestas horas penso (ou ao menos deveria): obrigado Senhor por este ano.


2002 serviu para me provar, na prática, o acontecimento de uma das muitas coisas gostosas que a vida tem: o inesperado. A história é muito longa e não vou contá-la por duas razões: não é da sua conta e por não lhe interessar também. Só isso já dá um up grade ao troço, pois foi uma Vitória (sim, isso é um trocadilho com a cidade onde estou vivendo).


Daqui da minha casa (simples e aconchegante, porém honrada) e diante dos teus olhos vos digo: se permita dormir numa rede. Mesmo que seja só para saber a sensação, esperimente. A minha, veio lá de Natal, foi presente de um velho camarada. A danada deu tão certinho na minha varanda, que acho até que ele teve uma premonição da mudança que estava por vir para mim, quando resolveu me presentear. Bom, chega desse papo que só eu sei do que se trata e vamos adiante.


Celebre, abrace, aproveite o convívio com quem você gosta de estar perto. Beba até se satisfazer e retome suas energias para o ano vindouro (eu também gostei de usar essa palavra).


Acredite, se você quiser, 2003 pode ser um ano maravilhoso.







Um 2003 do cararalho para você!






segunda-feira, dezembro 30, 2002


 


 


Henrique é o caralho, meu nome agora é Zé Pequeno


 


Embarcando na campanha do Eu, hein!, veja a série Zé Pequeno feita e gentilmente enviadas a mim pelo dono do site (atendendo a pedidos). Hilárias!


 















 


 


 


 


 


 


Quando você for ao Rio dê uma esticadinha até à Barra da Tijuca e visite o Hard Rock Cafe.   Para saber mais sobre o restaurante, marca, história, etc. etc. etc., vá no site (qual o endereço? Procure!).   Agora se quiser minha opinião sobre o local, digo diante de teus olhos: visite.   Lá tem um clima Rock'n Roll (fico imaginando como deve ser esse tal 'clima Rock'n Roll'...), uma comida apetitosa, exposição permanente de peças originais de artistas famosos e garçonetes para lá de animadinhas.


Não levei muita sorte na minha ida, pois segundo um amigo, lá pelas tantas, o som é interrompido por uma música do Village People e as moçoilas e moçoilos (todos são da casa, se contenha) sobem nas mesas e fazem performances dançantes.


Depois de você apreciar a  comida, comprar lembrancinhas na loja (anexa), encher os olhos com a vista do local e tirar fotos, bate uma tristeza por ter comido tão desesperadamente.


 


 


 


 


Volta antes do fim (de ano)


Fim-de-ano tem três coisas boas: panetone, festa em família e a sensação de estar em casa durante a semana sem culpa.


As três coisas muito chatas são: lojas impossíveis de lotadas, saudações repetidas exatamente iguais há milianos e engarrafamentos nas estradas.


 


 


sexta-feira, dezembro 20, 2002


 


 



Aviso aos navegantes (na versão "gerúndica"): ESSE BLOG VAI ESTAR ENTRANDO EM RECESSO DE NATAL. Só volto quando der vontade, até porquê aqui quem manda sou eu. Não adianta reclamar, sou eu sim. Tá, tá bom. Tudo o que você falar não vai adiantar, quem dá a palavra final aqui sou eu e essa conversa está acabada. Pronto.


Como dizia, se (veja bem), se der vontade eu escrevo. No mais, só na última semana do ano.


O que você vai fazer neste período!? Olha, existe uma coisa chamada "mun-do-re-al", nele as pessoas costumam tomar sol, caminhar, andar de bicicleta, namorar, passear com o cachorro, enfim, SE VIRA.


PS.: Essa foto á da árvore do Shopping Praia da Costa, aqui do lado. Não, eu não estava 'muito louco' quando tirei ela. Tava tão careta que até irritava. E como se diz por aí: Feliz natal (humpf!)!


 


 


quinta-feira, dezembro 19, 2002


 


 


Cidade de Deus. Está próximo, estamos quase lá. Vamos cruzar os dedos gente!


 


 


 


 


40 x Caetano.


Esse mano consegue a façanha de pagar de veado e ainda assim ser sonho/objeto de consumo de grande parte da mulherada. Vai entender...


 


 


 


 



Nós, o povo de bem, em um dos raros momentos de pausa em nosso trabalho de pesquisa em: 'experimentações etílicas e seus benefícios ao organísmo'.


Foi um fim-de-semana de trabalho árduo viu...


 


 


 


Produto sobre pressão. Inflamável. Mantenha longe do alcance de crianças


Acho que deveria ser obrigatório ter livros e revistas em todos os banheiros, inclusive nos W.C.s das empresas. Por falar em banheiro, tenho um amigo que não consegue pronunciar e nem suporta ouvir esta palavra. Ele prefere toalete, mesmo que seja o da casa dele. Mas isso não vem ao caso, a história aqui é outra.


Não agüento mais ler o rótulo do Bom Ar toda vez que vou ao W.C., então porquê não manter um pequeno acervo de livros, revistas e jornais lá. Você também nutre o hábito de consumir literatura de banheiro? O que você lê quando está lá na hora ingrata? Paulo Coelho acho que não leria nem lá (vai que sou acometido por uma prisão de ventre...), prefiro o rótulo do creme dental.Vamos fazer uma campanha? Pela aculturação dos ambientes menos cheirosos da casa!


 


 




quarta-feira, dezembro 18, 2002


Choro menino


 


 


Outro dia publiquei um texto, onde eu falava das minhas paixões pelas idéias e pensamentos que iluminam a alma, mas me esqueci de fazer outra confissão: também sou apaixonado por música.


Alguém certa vez disse mui sabiamente:  a vida sem música seria um grande erro!   Não sei quem é o autor desta afirmação tão acertiva, mas já vou deixar aqui meus parabéns pelo momento de iluminação.


Não sou um cara de muitas posses, porém tenho uma coleção de cds que já beira duas centenas.   Apesar deste número não ser assim uma Brastemp (tenho um amigo cuja coleção de discos em vinil ultrapassa as 3000 peças), a qualidade é muito boa e a variedade idem.   Basicamente formada por cantores da música popular brasileira, tenho: Belchior, Beto Guedes, Max de Castro, Milton Nascimento, 14 Bis, Cartola, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Chico César, Gonzaguinha, Luiz Gonzaga, Emílio Santiago, Toquinho, Vinícius, Tim Maia, Pedro Mariano, Wilson Simoninha, Cassiano, Lobão, Cazuza, Otto e adjacências.


O time feminino também não faz feio: Elis Regina (absoluta), Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Gal, Betânia, Cássia Eller, Patrícia Marx, Inhana, Simone, Beth Carvalho e etc.


Já em matéria de música estrangeira, aí não daria um time de futebol de campo.   No máximo um timezinho de 'society', visto ser um quadro bem reduzido.


Fiz este preâmbulo todo, para lhe falar de um dos melhores cantores da cena nacional:   Beto Guedes.   Você já ouviu falar nele certamente (acho que tem uma música dele nesta novela das seis, Coração de Estudante).   Mas se você não o conhece, aqui vai uma dica:   vale à pena ir até uma loja e começar por uma coletânea do cara.   Com certeza você reconhecerá muitas músicas de sucesso de autoria dele.


Deixando de lado a questão sucesso (sempre confundida com super exposição na mídia), preste atenção no timbre de voz do rapaz.   Quando Beto canta, somos remetidos àquele choro menino do irmão caçula.   Se a natureza cantasse, o faria através da voz de Beto, suave, levemente roca, com um timbre nostálgico, um brilho agudo, profundo, um semi-choro.


Beto fala como ninguém de montanhas, brisa, rio, janelas, trens, caminhos e liberdade; tudo isto com àquele gosto mineiro, com cara de paisagem na janela do ônibus, o sono preguiçoso do cachorro na varanda, a brisa fina caindo, o sol de primavera.


Como se isto tudo não bastasse, Beto ainda é multiinstrumentista (vide os créditos dos discos) e compositor ímpar.   Tal como o pai - músico e compositor de chorinhos.


Freud explica que: a arte é uma das maneiras que o homem encontra para sublimar o sexo.   Isto implica dizer que somos criativos até fora da cama.   Maneirazinha agradável de gastar o tempo entre uma transa e outra não?!


Não perca seu tempo com este lixo denominado "música" que a TV despeja em cima de você, vá às lojas especializadas e procure música na acepção real da palavra.


Encontre você também um "choro menino" que lhe propicie lembranças boas e paz.


 



terça-feira, dezembro 17, 2002


 


 



A Daniela do Mundo Perfeito em mais um arroubo de criatividade, criou o gerador de letras tribalista. Hilário. Vá lá e monte a sua letra você também. Eu ri muito com o resultado.


 


 


 


Da série: Só o amor constrói. Ou, como o poder apasigua.


Quando imaginaríamos essa cena bucólica entre o nosso atual presidente/intelectual/sociólogo e o ex eterno candidato/futuro/presidente, que até lembra as conversas daquelas nossas tias gordas e solteronas?


C'est la vie!


ATENÇÃO: Essa foto não se trata de uma montagem.


 


 





 


 


O Jabor (é, o Arnaldo...) hoje defende que o amor atrapalha o sexo. Vá e leia, está genial a coluna.


 


 


segunda-feira, dezembro 16, 2002


 


 


Estou aqui sim, mas ainda não dá para falar. À noite a gente conversa.

 


 


sexta-feira, dezembro 13, 2002


 


 


Um jornal que confunde e NÃO informa


Para os sensores de plantão aviso: eu estou muito bem, com um excelente humor, digno de uma sexta-feira pré-festa.


Bom dia a todos!


Mas vai uma reclamação contra o principal jornal aqui do Espírito Santo, A Gazeta, do grupo Diários Associados.


Numa matéria publicada hoje falando dos 90 anos de idade (se vivo estivesse) do mestre e conterrâneo Luiz Gonzaga, na capa no Caderno Dois, eles conseguira cometer um erro grosseiro sobre o ano de morte deste genial artista. Primeiro eles dizem que o velho "Lua" morreu em 1999 e depois numa matéria ao lado, na mesma página, apontam o ano de 1989 como sendo o da sua morte.


Nessa, o que o leitor que pagou para ter informações corretas e precisas faz? Joga uma moeda para o alto e escolhe qual o ano correto!? Que credibilidade um jornal destes terá se erros assim são correntes?


Alô redação, vamos revisar os textos antes de publicar!


 



quinta-feira, dezembro 12, 2002


 


 



Celular porreta da Sony. Dizem que ele lava, passa, cozinha e até faz café.


Um expresso, por favor!


 


 


 


quarta-feira, dezembro 11, 2002


 


 


Ritmo




Você já teve vontade de comprar mais uns quinze exemplares de um livro que acabou de ler e mandar para seus amigos? Ótimo. Você é doido também.


Máquina de Pimbal. Clarah Averbuck. Compre e leia antes de 2002 deixar de ser esse ano redondinho e esteticamente bonito.


Não dá para fazer uma resenha, pois falo de literatura e mesmo que minha lingua inchasse de tanto falar para tentar lhe descrever minhas sensações ao lê-lo, seria estupidamente em vão, pois você faria outra leitura, completamente oposta à minha, ou até mesmo poderia odiar o livro. Do it by yourself.


Mas ainda assim, leia. Ouça meu conselho ao menos uma vez. A Clarah tem ritmo para escrever e isso basta. Estilo é uma fórmula copiada que um autor cola do outro. O imporante é o ritmo, o diálogo que você trava com o autor enquanto lê. Ou para ser ainda mais eufemístico: é o que você consegue ser enquanto se embrenha nas palavras. Caralho! Se eu conseguir entender isso, acho que tudo na minha vida se lumiará.


Bom, só para você saber de quem falo e sentir os dramas, a Clarah, que não é a Camilla, escreve e é dona do Brazileira!Preta, bLOg onde frequentemente vou, leio, gosto e recomendo. Não deixe de ler o FAQ.


Agora é por sua conta e ordem.


Por favor! Se até aqui em Vitória tem para vender, não me venha com esse papo de: eu não sei onde encontrar para comprar.


 


 



 


 


Do povo, com o povo e para o povo(?)


 


Nascida no Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco, teve 11 irmãos, sobreviveu a cinco malárias, três hepatites e uma leshmaniose. Começou cedo a trabalhar no seringal. Perdeu a mãe aos 15, idade em que assumiu a criação dos outros irmãos junto com sua irmã mais velha. Ainda doente de hepatite, viajou para Rio Branco para estudar. Aprendeu a ler aos 16 e anos mais tarde tomou conhecimento da Teologia da Libertação. Sonhava se tornar freira, mas acabou se convertendo evangélica.


Entrou na Universidade Federal do Acre no início dos anos 80 e nesta mesma época, já dava aulas. Aderiu ao movimento estudantil, entidades de bairro e passou a atuar como militante do PRC (Partido Revolucionário Comunista). Em 84, junto com Chico Mendes,  fundou a CUT no Acre. Em 88 filiou-se ao PT e foi eleita vereadora, deputada estadual e senadora aos 38 anos (a mais jovem).


É defensora do meio ambiente e por essa luta, recebeu um prêmio especial do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente, no prédio da ONU em Nova York. Foi uma das 25 mulheres mais importantes com ações na área ambiental. A revista TIME a colocou entre as 100 líderes do milênio.


Quem é essa mulher de fibra com um histórico tão empolgante e original!? A nova Ministra do Meio Ambiente no governo Lula, Maria Osmarina Silva de Souza, ou simplesmente Marina.


Lula, vindo do povo, dará a vez às pessoas, tal como ele, humildes. Sem demagogia barata.


Não fui a favor do Lula em sua campanha, não votei nem votaria nele, mas algumas ações até aqui tomadas, são dignas de aplausos. Até da oposição da oposição.


 


Fonte: Valor Econômico


 


 




 


 


A burra tem um cachorro


A sorte dela é que eu não funciono de manhã.


Pois não é que após meses me martirizando com um maldito cachorro habitante do apartamento de cima, que uivava todos os dias às 06:40AM pontualmente e me acordava, além de mijar em minha varanda todos as noites, finalmente sua dona, um animal dotado de mente superior, resolveu mudar o pulguento da varanda para a cozinha. Foi uma idéia brilhante, convenhamos, pois passei a dormir o sono matinal dos justos. Mas como a vida não é justa, nem as idéias dos vizinhos, esta senhora resolveu me interfonar às 06:40AM para saber se o cachorro já havia parado de incomodar.


A sorte dela é que eu não funciono de manhã, se não ela ia ver o que é acordar alguém com uma pergunta estúpida dessa.


 


 


 


 


 


Kelly Key não devia cantar


 


Vendo as fotos da Playboy da cantora/modelo/atriz/apresentadora/boazuda, Kelly Key, cheguei a uma conclusão: ela deveria ter uma profissão que se apropriasse de outros verbos com terminação ar. Cantar, por assim dizer, não é nem de perto seu melhor atributo.


Se eu vou publicar aqui nesse bLOg as fotos da Kelly Key nua/pelada/sem roupa (ou qualquer outro termo que as pessoas busquem no Google)!?


Mas nem f*dend*.



Agora se você quiser as fotos, me mande um eMail que eu as envio pr'ocê.


Olha, só não vou dizer que as fotos são de babar, porquê seria um trocadilho fraco e roto.


 


 




 


 


É mais ou menos por aí


 


Assim como às vezes falta pão na padaria e o taxista nunca tem troco, nem tudo na vida da gente funciona tão engrenado e perfeito quanto gostaríamos/queríamos ou deveria.


Bom, após esta minha espetacular descoberta, fica mais fácil conviver comigo e com as pessoas a minha volta, visto que agora sei que elas não são super-seres ultradesenvolvidos (e nem precisam ser) e assim como eu um dia já tive, elas até podem ter caspas. Dessa forma, quem sabe eu não consiga me acostumar com a idéia de não precisar exigir ISO 9000 dos outros e como brinde, de mim também.


Mas porquê eu estou falando disso? Sei lá! Talvez seja ansiedade por causa do jogo domingo, onde o Corinthians será campeão (será?). Ou talvez, quem sabe, já esteja fazendo balanço de final de ano antes mesmo das vendas de natal se acabarem. Ou talvez, e aí é uma opção pior, seja só essa mania de achar defeitos em mim. Ou não, como diria o Caetano.


Uma coisa já dá para afirmar: sem tv minha vida está muito boa. Não sinto falta mesmo. Três vivas para essa medida completamente hedonista que não vai melhorar o mundo em nada, nem tampouco alterar a rotina de ninguém.


Isso para mim corresponde a parar de fumar, traz um baita benefício para a saúde, desintoxica o infeliz do dependente, mas pros outros não significa absolutamente nada.


Deus como estou disperso hoje! Vamos tentar de novo. O que você está lendo? Onde você vai passar o natal? É legal lá? Como você encarou o fato de saber que o Papai Noel não existe? Você realmente acha que a Vilma, ‘mãe’ do Pedrinho, é inocente?


Ah, sei lá. Fala você agora vai...



 


terça-feira, dezembro 10, 2002


 


 


 


Atenção povo da EMI


Na caixa de CDs do Beto Guedes, da coleção Brasil de A a Z, há um erro muiiito grave: o primeiro disco do Beto, A Página do Relâmpago Elétrico, está com o nome correto apenas na capa, na impressão do disco saiu como A Página do Relâmpago Amarelo.


Um negócio desses enfraquece a amizade, poxa...

É, eu sou chato mesmo!


 


 


 


 


 


E antes que seja tarde demais, o Jabor termina com essa belíssima concatenação sua coluna de hoje:


"(...) o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver."


 


 


segunda-feira, dezembro 09, 2002


 


Hablemos con ellas


 


Escrito a quatro mãos: Adriana Alves &
Henrique José




Almodóvar se superou mais uma vez em seu novo filme. Sem tantos personagens excessivos, sua marca registrada, em Hable con Ella optou por usar dois homens para falar da alma feminina, das incapacidades que as pessoas adquiriram em deixar transparecer o seu amor, dos não-diálogos que travamos no cotidiano.


É tocante a maneira que Almodóvar coloca o Amor, aquele intuitivo Amor que assiste, percebe, ouve. Uma das falas do personagem principal surge como uma alfinetada quando diz que sua relação é melhor do que muitos casamentos estáveis por aí...sim, claro, ele a ouve, ele escuta, sabe os seus pensamentos, adivinha suas felicidades. Quantos de nós paramos realmente para ouvir o outro? Ele a toca, cuida dela diariamente e pergunta inocente ao seu interlocutor: Já conversou com ela hoje? Já falou com ela? Você tem que prestar mais atenção à alma feminina.



Almodóvar 'colocou' o feminino no inconsciente e tal como numa seção de análise Freudiana, deixou seus homens a divagar sobre suas frustrações, traumas, travas e todas essas amarras de uma relação de amor. Está tudo lá, o amor platônico, o medo de amar e se deixar ser amado, o Complexo de Édipo, a transferência; a sensibilidade e a admiração pelas artes. Será isso fruto de suas reflexões após a morte de sua mãe?


No entanto, o mundo em que vivemos, que vive a crise da modernidade, as mulheres se esquecem que são mulheres e o quão importante é sê-la. Almodóvar resgata a alma feminina, pois quando os personagens masculinos de seu filme aprendem a ouvir, se encontram. Por quê não ouvir as mulheres? Por quê não deixar o jargão fácil de lado, de que as "mulheres falam demais", que são serem irreconhecíveis, seres de outro mundo, enigmáticos. Pois não são não! Basta apenas que os homens se curvem, se dobrem, ao prazer de ouvi-las e perceber o quão interessantes são, cada mulher em sua particularidade. Não que deixem de ser enigmáticas, disso o filme não fala, cabe a cada um descobrir.



A trilha sonora, muito bonita, é instrumental na maior parte do filme, abrindo espaço para Caetano Veloso cantar Currucucu Paloma em uma roda de violão e Elis Regina, com Por Toda Minha Vida em meio a uma tourada.Achei tudo de muito bom gosto. Almodóvar surpreendeu de novo nos mostrando que ainda há tempo de amarmos as pessoas antes que elas durmam um 'sono profundo' ou até eterno. Ainda há tempo de hablarmos con ellas.


O interessante do filme é que esta busca do feminino é colocada como um passeio solitário, desde a primeira cena, os personagens homens choram, acho que justamente para quebrar a comum idéia de que homem não chora. No entanto, todo homem tem uma mulher dentro de si, mesmo que seja a vaga lembrança de sua mãe.


 


 



sexta-feira, dezembro 06, 2002


 


 


- Alô.


- Você ligou errado.


- Não, não tem ninguém aqui querendo vender móveis usados!


Desde ontem, essa tem sido a conversa em meu celular. Uma doce alma anunciou nos classificados que estava vendendo todos os seus móveis e publicou o número do meu celular por engano.


O pior mesmo é quando digo que foi engano e a criatura do outro lado insiste.


Como diz meu camarada, shits happen all the time.


 


 



quinta-feira, dezembro 05, 2002


 


 



Estamos mais próximos.
Será que dessa vez vai? Vamos fazer torcida forte para o nosso Cidade de Deus.


 


 


 


 


Almodóvar e praia


Lu, agora não tenho mais do que reclamar. Estréia amanhã, aqui em Vila Velha, Hable con Ella o novo filme do Almodóvar.


Minha dúvida agora é seu eu vou à praia antes ou depois de ir ao cinema. Ai, ai que vida dura viu...


 


 



quarta-feira, dezembro 04, 2002


 


 


Vamos cruzar os dedos...


 


... e torcer para ganharmos o Oscar de melhor filme estrangeiro desta vez. Cidade de Deus merece, é justo que ganhe, pois um filme primoroso assim deve colher os louros dos seus méritos.


Nunca se viu tanta gente no cinema para assistir a um filme nacional, até a minha irmã lá de São Vicente/SP,
caseira que dói, foi ver. Acho que há uns vinte anos ela não ia ao cinema.


Se você ainda não o viu, se apresse, pois como escrevi aqui há uns meses, você pode até não gostar do filme, mas assisti-lo é um ato de patriotismo.


Aproveite e leia aqui o artigo.


 


 


 


 


 


Não deixem o Belas Artes morrer


 


Matéria no Estadão fala do iminente fechamento do cine Belas Artes. Esse cinema, para os que não conhecem, é um dos mais tradicionais da capital paulista e sempre
exibia filmes fora de circuito (não Blockbuster). Apesar de velhinho, era uma boa opção de cinema nas suas muitas salas, todas com nomes de importantes artistas.


Agora a ameaça dos cinemas que podem vira estacionamento, está de volta. Céus, será que o futuro nos reservará apenas cinemas multiplex em shoppings com filmes americanóides babacas?


Clique na foto, copiada do site, e leia a matéria.


 


 




 


 


A amizade vale mesmo que via Embratel, eMail, cartas ao mar, ponte aérea ou coisa que o valha.


Vamos celebrar a amizade e comemorar o fato de estarmos convivendo numa mesma
época, neste agradável planeta azul.


Como escreveu a Rosana Hermann para àquele quadro do Pânico (programa de rádio da Jovem Pam - SP), o Djalma Jorge: Eu quero ter um milhão de amigos e que cada um deles me envie uma nota de 1 dólar.


 


 


 


terça-feira, dezembro 03, 2002


 


 


Macacada do Blogger.com. Parem de fazer manutenção no servidor durante o dia.


É a segunda terça-feira que isso acontece.


Cambada...


 


 


segunda-feira, dezembro 02, 2002




  


Como prometi, seguem algumas fotos daqui. A primeira (claro que é da esquerda para a direita...) é a vista da Praia da Costa [Vila Velha/ES] lá do Convento da Penha e a segunda, é a baía de Vitória. Clique para vê-las ampliadas.


E aí gostou?






 


 


Faltam fotos


 


Fiz várias fotos de diversos lugares aqui em Vitória neste fim-de-semana, mas como sou esse sujeito atento, me esqueci de lembrar de subir elas aqui pro site. Elas ficaram lá em casa sozinhas. Coitadas...


Hoje à noite, quando eu me encontrar com elas, publico aqui. Agora não vai dar.


Um bom dia para você também!